ODOCIABA

fevereiro 2, 2010

ODO YA

where the wild things are…

janeiro 26, 2010

… ali, bem pertinho, atrás de um pensamento confortável ou confortado, escondidas junto com nossos medos, nosso grito, nosso querer e não poder. ali é que o selvagem contraria a domesticação e segue sem rédea.

e por vezes dá as caras bem aonde deveria sorrir a nossa. e aí, bom, aí a gente late, urra, mostra os dentes.

porque toda criança chora.

o inverno vai ser pelúcia, tanto a do cachorro de estimação como a do monstro escondido bem lá no fundo de nós, que no fundo é bem o fundo da gente mesmo, em esconderijo.

( ‘Onde vivem os monstros’ e New Order para o Fashion Rio)

e a moda se movimenta

janeiro 5, 2010

rumo ao brasil.

Lara Stone

e Aline Weber

A moda em movimento.

E ainda tem Ambrósio, Iman e Zimmermann.

hortênsias

dezembro 30, 2009

Se o Natal não me dá lá muita onda, o amor sempre afoga. Tipo hoje 30, véspera de 31 que antecede o primeiro, aquele que deve ser o início do que se pressupõe e deseja maravilhoso, melhor que o anterior, inovador, embarque para o lugar aonde se deve ir, enfim e afinal.

Pois então que a dor interferiu no peito desde às 6 da manhã. E se eu falhar na promessa do ano novo e bom? Terei falhado no que todos estão programando sucesso desde os pacotes fechados de antes de dezembro. Fracasso total e contra-a-maré, serei eu.

Mas aí sabe que não? Ano Novo é meio como fim de relacionamento. O mundo se apresenta inteiro pra você, bem ali na sua frente, sem nenhum mês ou cara-metade por entre. E bate o medo, porque ter tudo só para e por si é responsabilidade de aguentar no lombo a felicidade própria, com todas as derrotas que ela traz. Sem nenhuma semana seguinte pra protelar ou coração alheio a quem derramar culpa.

Coisa lôca isso.

Saindo de 2009 mais eu do que nunca. E mais apavorada, natural. Logo como é quando a gente resolve assumir os passos que dá.

Só precisam eles manterem-se me sustentando. Só preciso eu mantê-los sustentados.

E tá tudo certo.

Com ou sem jacaré, mas com muita respiração boca-a-boca, espero.

E na contínua remada contra-corrente.

À 2010, a revolução pelo direito de se ser o que se é.

(Helen, I really love you. Thanks for being part of my life. Since 2009 until forever. Assim como Drago, dad, mom, Xchté, Rei, mãe Suely, pai Buby, Gallo, Ana Flávia, Kdela, tia Lú, Ivete e todo mundo que não tá descrito mas é parte de mim há algum tempo. Ou os novos que serão seniors. Ou os passageiros que se dentro de mim ficaram foi porque motivo deram.)

E todo mundo que me vem ler neste Avesso.

Que o próximo ano continue me entregando aquilo que preciso ter.

2010, vem!

time of my life

dezembro 22, 2009

Acho o natal um saco. Um puta saco que não aquele de um tal do pólo norte que o consumo simbolizou como a data. Coisa mais sem sentido! Tá, tem o lance do cristianismo e tal e pra quem curte deveria valer alguma coisa. Mas até pra esses o que vale, mesmo, são os recessos coletivos de fim-de-ano, as confraternizações da firma, os duzentos e cinquenta amigos-secretos, os presentes na meia, embaixo da árvore, no saco do tal lá do norte, coisa mais sem sentido!

É mais ou menos como quem sabe reproduziu de um outro um tantinho mais sabido:

53. a consciência do desejo e o desejo da consciência são o mesmo projeto. seu contrário é a sociedade do espetáculo, na qual a mercadoria contempla a si mesma no mundo que ela criou.

61. aparecendo no espetáculo como modelo de identificação, ele renunciou a toda qualidade autônoma para identificar-se com a lei geral de obediência ao desenrolar das coisas.

(ivo reproduzindo trechos de “a sociedade do espetáculo”, de guy debord, lá no seu blog etílico)

O natal virou espetáculo e todo mundo sabe disso, mas segue fingindo que não pra meter a mão no saco do pólo. Ou então porque é mais fácil. Ou então porque é a lei geral da obediência do desenrolar das coisas. Coisa mais sem sentido!

Tava aqui digerindo o que não consegui produzir para incentivar o consumo dessa época porque ela mesma resolveu tirar férias coletivas e impedir a continuidade do meu trabalho integrado e obediente. Aí parei pra sentir bem lá no estômago que não gosto dessa onda toda e toda essa história fez eu me sentir tão amarga quanto a minha acidez que parei pra sentir. Aí parei pra assistir televisão e me dopar. Mas aí vieram as propagandas de panetone e, bem, bem. Tv a cabo costuma resolver, zip, zip zip. Nem assim. No próximo já perto do último veio TCM e Dirty Dancing, e aí resolvi parar. Já que é pra fugir, que seja acompanhada por Time of my Life, bem adolescente e videoclipicamente, coisa não tão sem sentido.

E aí que todo o sentido na amargura e no estômago fez todo o sentido, assim mesmo nessa overdose palavrial e tudo! Gente!

Assim ó: como Jennifer Grey em Baby, costumava eu passar parte das férias de verão numa colônia de férias (!), período que incluía o natal. Não, lá nunca teve professor de dança gato como o Patrick, mas tinha papai noel. E tinha natal. E tinha ceia. E eu gostava. E não é porque acreditava no velho.

Por quê, então, Deus meu?

Porque na tal da ceia e coisa e tal a gente se arrumava toda bonita, a gente comia gostoso, a gente dançava até o sol nascer, a gente ficava entre amigos e a gente era feliz! Assim, sem mais nem menos e sem presentes porque esses já tinham cumprido sua cota de representatividade durante a tarde visitada por algum hóspede que se sujeitava a noel.

E aí foi né! Eu cresci e vi que não preciso de uma data marcada em calendário pra ter uma noite feliz. Eu me arrumo bonita todos dos dias, eu procuro comer gostoso sempre, eu amo dançar e amo o sol nascer e eu estou sempre entre amigos, graças a Deus e a Oxalá. E eu cresci e vi que não preciso do natal. Não desse daí que todo mundo vende desde o começo de dezembro e salda as sobras depois do dia 25. Eu cresci e vi que é bom saber que santa claus não rola, até porque santo que só comparece uma vez por ano e pra oferecer coisas materiais é tão esquisito como o dia dedicado a ele. E eu cresci e acreditei nos meus próprios santos, que ainda bem, moram aqui bem pertinho e não lá nos gélidos. E eu cresci e vi que crescer é também escrever tudo isso aí em cima. E eu cresci e vi que continuo me emocionando com as mesmas danças sujas da adolescência. E eu cresci e vi que se rebelar contra os pais é amar a si mesmo e não deixar de amá-los (principalmente se um Swayze vier na bagagem). E eu cresci pra deixar de frequentar a tal da colônia de férias. E eu cresci, enfim e dentre outras coisas, pra construir o meu próprio natal, todos os dias. Ou tentar, ao menos.

E isso, ah, isso sim e o ano inteiro, faz e como faz, todo o sentido.

Feliz Natal de cada um a cada um! Tipo assim:

“…qual é teu nome? Qadós. Qa o quê? Qadós. Qadós de quê? Isso já é bem difícil. Digo: sempre fui só Qadós. Profissão. Não tenho não senhor, só procuro e penso. Procura e pensa o quê? Procuro uma maneira sábia de me pensar.” (Hilda, Hilst).

Né?

franjão

dezembro 11, 2009

Tá?

estampadas

dezembro 11, 2009

marylin

björk

heaven can wait

dezembro 9, 2009

às vezes a gente fica na dúvida…

dezembro 7, 2009

… mas aí tem isso:

“Blogs sobre moda viraram uma epidemia. Multiplicaram-se. No entanto, é muito claro que grande parte deles trata sempre sobre as mesmas coisas, da mesma forma. Não acrescentam, não inovam, não pensam. Foi lendo um post do Avesso do Espelho que resolvi criar um blog pra pensar a moda e nas convergências. Por isso O Cérebro Por Fora. O nome vem daquela frase do Maurício Azevedo que todo mundo conhece. “A moda é o cérebro por fora”. E tá na hora de despir esse cérebro e descobrir o que há por trás da moda, da roupa e de tudo que permeia esse universo. Você veste por quê?”

Quem disse? A Manuela, aqui ó, em seu mais recente espaço na web pra escrever o que acredita, de verdade. Como a gente bem quer.

Manu, brigada pelo “minha mais nova musa”, até porque sempre me achei bem mais pra mala.

Vem com tudo e com fé, que a costura é manual e o ponto em ziguezague.

e a gente segue acreditando

dezembro 4, 2009

(na rabeira daqui)

Sei lá.